quinta-feira, 30 de setembro de 2010

contador de visitas




Toda mulher, ou quase toda, não consegue sair de casa de cara limpa. Um batonzinho ou uma sombra para dar ar mais fashion não pode faltar, não é? O bacana é que, além de deixar a gente mais bonita, a maquiagem pode fazer milagres e disfarçar algumas imperfeições.

Por mais que nossas amigas e mães digam que nosso rosto é lindo e que não há nada de errado com ele, encontramos sempre um defeito: olhos muito juntos, boca muito fina, queixo grande. Pior mesmo é quando uma espinha na testa ou no meio do nariz resolve nos acompanhar naquela balada tão esperada

Mas não precisa arrancar os cabelos ou cancelar o compromisso. Usando corretamente a maquiagem você pode disfarçar e muito essas e muitas imperfeições. Quem ensina alguns truques é a beauty stylist Jamile Chahine, da Veridica it, e a beauty artist Andrea Cassolari, do salão Ricardo Cassolari. Confira as dicas:

Deixar os lábios mais volumosos:
Use batons de cores claras e vivas, de preferência com brilho. O gloss é uma ótima opção, que deixa os lábios com aspecto mais volumoso. Evite cores escuras como o marrom, o roxo e o vinho, que tendem a diminuir ainda mais o lábio. O lápis para lábios deve ser passado de forma a extrapolar (sem exagerar) o contorno natural, para dar a impressão de que a boca é maior.

Afinar os lábios
Use corretivo ao redor da linha do lábio e refaça a linha com lápis. Depois, aplique batom, lembrando que deve ser sutil para não ficar artificial.

Aumentar o tamanho dos lábios
Desenhe o contorno natural deles com um lápis um pouco mais escuro que o batom, do lado de fora dos lábios. Esfumace o traço com um pincel e aplique o batom. Use um batom mais claro e cintilante apenas na parte central dos lábios inferiores. Pode usar gloss também.

Diminuir o tamanho dos lábios
Aplique corretivo nos lábios para apagar um pouco do contorno natural e depois preencha os lábios com batom marrom.

Aumentar os olhos
Aposte na sombra ou lápis, dos beges aos marrons. Esfumace e contorne sutilmente a base dos cílios inferiores. Prefira as cores mais claras de sombra - as escuras, dependendo de como e onde são aplicadas, tendem a diminuir o olho. Delineie os cílios superiores com tons de preto ou marrom e esfumace com sombra marrom a pálpebra superior. Use também um lápis branco na linha interna dos cílios inferiores. E curve os cílios com máscaras para cílios preta, na parte superior e inferior.

Separar os olhos
Reforce o canto externo superior e inferior com uma sombra escura. Passe lápis ou sombra (preto, cinza ou marrom) sobre as linhas internas dos cílios, somente no centro para os cantos extremos. Acentue a união dos cílios inferiores e superiores puxando a famosa "cauda de cometa". E reforce a máscara no canto extremo superior dos olhos. Use ainda cores claras de sombra na parte interna do olho perto do nariz e cores mais escuras nas pontas, dando uma puxadinha.

Diminuir os olhos
Use lápis ou sombra (preto, cinza ou marrom) para contornar a linha interna dos cílios superiores e inferiores. E faça uma maquiagem esfumaçada em tonalidades mais escuras na base dos cílios superiores.

Disfarçar olhos caídos
Aplique lápis/sombra/delineador na base dos cílios superiores. Esfumace a pálpebra superior seguindo o clássico amendoado, para cima, levantando o olhar. Deixe a parte de baixo dos olhos sem maquiagem.

Aproximar olhos separados
Esfumace o canto interno com uma sombra escura e passe lápis marrom ou preto rente aos cílios superiores e inferiores - mas somente da parte interna para o centro do olho!

Afinar o nariz
Faça uma linha com o corretivo ou a base, usando um tom mais claro que o de sua pele. Depois escureça as laterais com o pó ou o blush, dois tons mais escuro. Com um pincel macio, faça movimentos circulares para esfumaçar e igualar a cor. Dê uma pincelada na ponta para dar uma levantadinha. Importante: para o nariz parecer um pouco mais estreito, ilumine a parte mais fina do nariz e escureça as mais largas. A cor a ser usada tem que ser sutil e não parecer que a pessoa fez dois riscos marrons no nariz!

Agora que você já anotou os truques, capriche no visual e arrase nas baladas. E não esqueça: disfarce imperfeições sem exibir um efeito montado, forçado e facilmente identificado quando a mulher usa tons de base, corretivo e pó muito abaixo ou muito acima do da sua pele. "A regra é optar por produtos de acordo com os tons de pele", lembra Jamile. "Base e corretivo não devem ser aplicados mais que o necessário, sob o risco de deixar o look fake e envelhecido", completa Andrea.

Por Juliana Falcão (MBPress) fonte-http://www.vilamulher.terra.com.br

Meu amor é um homem casado


O primeiro sentimento que vem à cabeça quando se descobre um adultério é a raiva. Depois vem frustração, culpa, medo, nojo, vingança.

Publicidade
E dificilmente se para pra pensar que, no meio dessa nova (ou antiga) relação do marido ou namorado, por exemplo, há outra mulher, também cheia de sentimentos e inseguranças. Não que as amantes mereçam o perdão simplesmente por também amarem, mas estar na pele delas não é tarefa fácil.

Renata ficou oito anos com um homem casado. Sonhava com o dia em que ele largaria a esposa e os filhos para começar uma vida com ela. Nem a gravidez deu jeito. "Eu nunca senti raiva da família dele. Era mais um sentimento de inveja mesmo. Queria muito estar no lugar deles", lembra. Hoje com 41 anos, ela segue a vida sozinha, criando o filho sem o nome do pai na certidão.
O amante de Renata nunca teve coragem de abandonar a vida que tinha, mas manteve falsas promessas por muito tempo. Os dois viajavam juntos, dividiam algumas noites o mesmo apartamento, bancado por ele, faziam planos.

"Levou tempo, mas percebi que era assim mesmo que ele gostava. Só às vezes, só para sair da rotina, só porque era mais nova e não fazia cobranças", lembra. E foi quando ela começou a cobrar (e até ameaçar revelar a verdade) que ele deu um basta na relação. "Ser a outra é muito difícil. Mulher nenhuma quer passar por isso, ter que esconder o homem que ama. Mas às vezes esse é o único jeito".

Silvia, 38 anos, desistiu de deixar de ser a outra. Hoje sabe que nunca conseguirá ser a oficial e já não sofre mais por isso. "Fiquei com ele às escondidas por quase 15 anos. Hoje a família dele sabe que existo, sabe do nosso filho, e vivemos todos a mesma mentira", lamenta.

Quando conheceu o amante, 17 anos mais velho, não sabia que ele era casado, mas a história real não demorou a se revelar. "Queria sair com ele, apresentar para todo mundo e não podia. Morava numa cidade pequena e ele pedia segredo", lembra. "Só fui entender tudo quando o vi, com família, filhos e até um neto, num restaurante. Achei que ia morrer. Mas lembro dele me encher de presentes e promessas. Não consegui terminar".

Essa dependência do amante é muito comum em relações às escondidas. Muito porque a figura idealizada do homem amado se sustenta bem em mentiras e promessas. Insegura, a mulher fica cada vez mais dependente - até financeiramente - desse homem e não consegue se imaginar numa relação normal.

A escritora e pesquisadora Mirian Goldenberg, autora do livro "Por que homens e mulheres traem" (BestBolso, 2010) lembra como essa "outra" é normalmente rechaçada pela sociedade. "Ela é vista como promíscua e destruidora de lares que ameaça a família monogâmica e a estabilidade conjugal. A vida e o sofrimento dela não interessam. É uma mulher estigmatizada, que o mundo difama, considerada uma prostituta que só tem interesse no dinheiro do homem casado", define.

Essa mulher, por viver normalmente escondida, quase clandestina, se torna invisível. "Ela não cumpre papéis sociais valorizados na cultura brasileira, principalmente o de esposa e de mãe". Mirian lembra, no entanto, que essa outra, apesar de não ser casada legalmente, sente-se profundamente comprometida. "É fiel ao amante e acredita que ele é fiel a ela".

Por outro lado, para elas é "melhor" ser a número dois, a outra, do que a esposa traída, enganada. "A amante tem consciência da situação que vive, enquanto a esposa acredita (ou finge acreditar), que tem uma vida familiar perfeita em que não existe espaço para outra mulher".

Em suas pesquisas, Mirian descobriu que essas relações, às escuras, são normalmente baseadas no prazer, no desejo e entendimento sexual, além de na amizade e no companheirismo. "Essas mulheres são importantes para seus amantes exatamente por estarem com eles sem vínculo obrigatório. É uma relação baseada em um pacto entre dois indivíduos que querem estar juntos sem nenhum tipo de constrangimento social".

Por Sabrina Passos (MBPress) http://www.vilamulher.terra.com.br

Aposentadoria - você está preparada?




Depois de conquistarem o mercado de trabalho, é difícil fazê-las saírem de lá! Mesmo tendo idade ou tempo de contribuição adequados para requererem a aposentadoria, muitas mulheres não imaginam viver sem trabalhar suas múltiplas jornadas, seja dentro ou fora de casa. Mas, pense bem, desacelerar o ritmo para curtir outra etapa da vida pode ser uma boa.
. E aí, preparada para se aposentar?

Segundo o IBGE, o Brasil conta com mais de 22 milhões de aposentados ou pensionistas, sendo que quase 13 milhões são mulheres. E de cada quatro aposentadas, pelo menos uma está inserida no mercado de trabalho, como apontam dados de 2008.

Para a consultora Cecília Russo Troiano, colunista aqui do Vila Sucesso, decidir qual é o momento ideal para se aposentar é bastante particular para as mulheres.

"Depende de muitas coisas. Se ela gosta ou não do que faz, se o ambiente de trabalho é bom, se o ritmo é demais acelerado. Enfim, cada um destes itens pode apressar ou retardar a parada".

Na verdade, ela diz, a aposentadoria não é mesmo fácil. Mas deve ser encarada como algo positivo, pois é também o início de um novo ciclo de vida. "Também acho que não devemos parar 100%. Buscar uma outra atividade, menos intensa, é fundamental para não parar de vez. Sentir-se útil, usar a cabeça, produzir é fundamental! E claro, curtir mais a família, buscar mais tempo para si ou para se dedicar a algum outro interesse que antes não cabia na agenda".

Como não poderia deixar de ser, a aposentadoria da mulher afeta a família toda! Esta e
uma mudança à qual todos deverão se adaptar. "O lado bom é que, na teoria, essa mulher tem mais tempo para fazer o que quiser. Com isso pode usar essas horas a seu favor ou da família. O lado ruim é que pode aparecer uma depressão, pela mudança, pelo tempo livre. Ou até pelo padrão financeiro que pode mudar", diz Cecília.

Bom, para que o processo da aposentadoria feminina corra tranquilamente, a consultora diz que este deve ser um trabalho progressivo da mulher, da família e da empresa. "Planejar é o melhor caminho. Evita rupturas bruscas, ajuda a dar sentido e a elaborar mais a saída".

Regras

De acordo com o INSS, as mulheres podem requerer a aposentadoria por idade a partir dos 60 anos. Já as trabalhadoras rurais, a partir dos 55.

* Previdência privada para mulheres
* O caminho certo para a aposentadoria rentável

O benefício pode ser solicitado por meio de agendamento prévio pelo portal da Previdência Social na Internet, pelo telefone 135 ou nas Agências da Previdência Social, mediante o cumprimento das exigências legais (idade mínima e carência, que é o tempo mínimo de contribuição que o trabalhador precisa comprovar para ter direito a um benefício previdenciário. Neste caso, de 180 contribuições).

Por Adriana Cocco fonte-http://www.vilamulher.terra.com.br


Depois de ouvir tantos relatos de mulheres frustradas com seus relacionamentos, Dan Crum, um ex-agente da CIA (agência de inteligência americana), especialista em detectar mentiras de todo tamanho e pós-graduado em Perícia Psicofisiológica para a Detecção de Fraude, resolveu criar estratégias para ajudar o sexo feminino a se precaver das mentiras dos homens.

Ele, que é autor do livro "Será que ele mente pra você" (Editora Gente),dá dicas de como enxergar os sinais e fazer a pergunta certa para pegar o mentiroso.
Dan, conhecido como "detetive dos relacionamentos", explica, por exemplo, a importância de se analisar a linguagem do corpo de um mentiroso. "Procure partes do corpo que estão ‘dormindo’ e de repente acordam se você pergunta alguma coisa", fala. Isso vale para braços ou pernas que estavam cruzadas ou paradas e, de repente, se movimentam, ao sinal de desconfiança.

Outro fator importante é observar o que o parceiro (ou até o chefe ou amigos) diz. "Quando ele não responde a questão, faz você desistir de perguntar e até se sentir culpado por perguntar, alguma coisa pode estar errada", garante Dan. "É uma tática, muito usadas pelos homens, já que as mulheres têm mais senso de culpa e, se fazem alguém se sentir mal, já pedem desculpas antes de ir atrás da resposta que buscavam".

Aprenda quando ele mente

Depois de ouvir tantos relatos de mulheres frustradas com seus relacionamentos, Dan Crum, um ex-agente da CIA (agência de inteligência americana), especialista em detectar mentiras de todo tamanho e pós-graduado em Perícia Psicofisiológica para a Detecção de Fraude, resolveu criar estratégias para ajudar o sexo feminino a se precaver das mentiras dos homens.

Ele, que é autor do livro "Será que ele mente pra você" (Editora Gente),dá dicas de como enxergar os sinais e fazer a pergunta certa para pegar o mentiroso.

Publicidade

Dan, conhecido como "detetive dos relacionamentos", explica, por exemplo, a importância de se analisar a linguagem do corpo de um mentiroso. "Procure partes do corpo que estão ‘dormindo’ e de repente acordam se você pergunta alguma coisa", fala. Isso vale para braços ou pernas que estavam cruzadas ou paradas e, de repente, se movimentam, ao sinal de desconfiança.

Outro fator importante é observar o que o parceiro (ou até o chefe ou amigos) diz. "Quando ele não responde a questão, faz você desistir de perguntar e até se sentir culpado por perguntar, alguma coisa pode estar errada", garante Dan. "É uma tática, muito usadas pelos homens, já que as mulheres têm mais senso de culpa e, se fazem alguém se sentir mal, já pedem desculpas antes de ir atrás da resposta que buscavam".

Aprenda quando ele mente

Foto-Divulgação

Dan vai ainda mais longe e sugere que as mulheres, principalmente, vão atrás do que os homens estão realmente dizendo. "É importante ter habilidade de decifrar e identificar o que há por trás das respostas", diz. O especialista sugere ainda que as pessoas acreditem nas próprias dúvidas e corram atrás daquilo que pode passar de apenas uma desconfiança boba a uma super decepção.

* Traição - contratar detetive particular?
* Por que os homens mentem?

O objetivo é, claro, dar mais autoconfiança às mulheres que, munidas de informação, saberão agir melhor. Depois de ler a obra - que Dan entende como um curso - as mulheres poderão descobrir qual a pergunta mágica a se fazer para pegar um mentiroso e aprender também como ganhar o jogo da decepção que envolve uma traição. "É pelas suas decisões que seu destino é formado", garante. "Não apenas marque encontros. Investigue". fonte-http://www.vilamulher.terra.com.br

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Depressão, ou tristeza? Entrevista com o Psiquiatra Miguel Chalupe


"O homem não aceita mais ficar triste"
Uma das maiores autoridades brasileiras em depressão, o médico diz que, hoje, qualquer tristeza é tratada como doença psiquiátrica. E que prefere-se recorrer aos remédios a encarar o sofrimento
Adriana Prado

RECEITA
Chalub afirma que muitos médicos se rendem aos laboratórios farmacêuticos e Indicam antidepressivos sem necessidade.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que a depressão será a doença mais comum do mundo em 2030 – atualmente, 121 milhões de pessoas sofrem do problema. Para o psiquiatra mineiro Miguel Chalub, 70 anos, há um certo exagero nessas contas. Ele defende que tanto os pacientes quanto os médicos estão confundindo tristeza com depressão. “Não se pode mais ficar triste, entediado, porque isso é imediatamente transformado em depressão”, disse em entrevista à ISTOÉ.

"Hoje, brigar com o marido, sair do emprego, qualquer motivo é válido para se dizer deprimido. Mas o sofrimento não significa depressão"
Professor das universidades Federal (UFRJ) e Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), ele afirma que os psiquiatras são os que menos receitam antidepressivos, porque estão mais preparados para reconhecer as diferenças entre a “tristeza normal e a patológica”. Mas o despreparo dos demais especialistas não seria o único motivo do que o médico chama de “medicalização da tristeza”. Muitos profissionais se deixam levar pelo lobby da indústria farmacêutica. “Os laboratórios pagam passagens, almoços, dão brindes. Você, sem perceber, começa a fazer esse jogo.”

"Há a tendência de achar que o medicamento vai corrigir qualquer distorção humana. É a busca pela pílula da felicidade"

Istoé -
Por que tantas previsões alarmantes sobre o aumento da depressão no mundo?
Miguel Chalub -
Porque estão sendo computadas situações humanas de luto, de tristeza, de aborrecimento, de tédio. Não se pode mais ficar entediado, aborrecido, chateado, porque isso é imediatamente transformado em depressão. É a medicalização de uma condição humana, a tristeza. É transformar um sentimento normal, que todos nós devemos ter, dependendo das situações, numa entidade patológica.
Istoé -
Por que isso aconteceu?
Miguel Chalub -
A palavra depressão passou a ter dois sentidos. Tradicionalmente, designava um estado mental específico, quando a pessoa estava triste, mas com uma tristeza profunda, vivida no corpo. A própria postura mostrava isso. Ela não ficava ereta, como se tivesse um peso sobre as costas. E havia também os sintomas físicos. O aparelho digestivo não funcionava bem, a pele ficava mais espessa. Mas, nos últimos anos, a palavra depressão começou a ser usada para designar um estado humano normal, o da tristeza. Há situações em que, se não ficarmos tristes, é um problema – como quando se perde um ente querido. Mas o homem não aceita mais sentir coisas que são humanas, como a tristeza.

Istoé -
A que se deve essa mudança?
Miguel Chalub -
Primeiro, a uma busca pela felicidade. Qualquer coisa que possa atrapalhá-la tem que ser chamada de doença, porque, aí, justifica: “Eu não sou feliz porque estou doente, não porque fiz opções erradas.” Dou uma desculpa a mim mesmo. Segundo, à tendência de achar que o remédio vai corrigir qualquer distorção humana. É a busca pela pílula da felicidade. Eu não preciso mais ser infeliz.

Istoé -
O que diferencia a tristeza normal da patológica?
Miguel Chalub -
A intensidade. A tristeza patológica é muito mais intensa. A normal é um estado de espírito. Além disso, a patológica é longa.
Istoé -
Quanto tempo é normal ficar triste após a morte de um ente querido, por exemplo?
Miguel Chalub -
Não dá para estabelecer um tempo. O importante é que a tristeza vai diminuindo. Se for assim, é normal. A pessoa tem que ir retomando sua vida. Os próprios mecanismos sociais ajudam nisso. Por que tem missa de sétimo dia? Para ajudar a pessoa a ir se desonerando daquilo.

Istoé -
Quais são os sintomas físicos ligados à depressão?
Miguel Chalub -
Aperto no peito, dificuldade de se movimentar, a pessoa só quer ficar deitada, dificuldade de cuidar de si próprio, da higiene corporal. Na tristeza normal, pode acontecer isso por um ou dois dias, mas, depois, passa. Na patológica, fica nas entranhas.
Istoé -
Ainda há preconceito com quem tem depressão?
Miguel Chalub -
Não. É o contrário. A vulgarização da depressão diminuiu o preconceito, mas criou outro problema, que é essa doença inexistente. Antes, a pessoa com depressão era vista como fraca. Hoje, as pessoas dizem que estão deprimidas com a maior naturalidade. Não se fica mais triste. Se brigar com o marido, se sair do emprego, qualquer motivo é válido para se dizer deprimido. Pode até ser que alguém fique realmente com depressão, mas, em geral, fica-se triste. O sofrimento não significa depressão. E não justifica o uso de medicamentos.

Istoé -
Os médicos não deveriam entender este processo?
Miguel Chalub -
Os médicos não estão isentos da ideologia vigente. O que acontece é: você vem ao meu consultório. Eu acho que você não está deprimido, que está só passando por uma situação difícil. Então, proponho que você faça um acompanhamento psicoterápico. Você não fica satisfeito e procura outro médico, que receita um antidepressivo. Ele é o moderno, eu sou o bobão. Para não ser o bobão, eu receito um antidepressivo logo. É uma coisa inconsciente.
Istoé -
Inconsciente?
Miguel Chalub -
Os médicos querem corresponder à demanda. Senão, o paciente sairá achando que não foi bem atendido. Receitando um antidepressivo, eles correspondem à demanda, porque a pessoa quer ser enquadrada como deprimida. Mas há a questão dos laboratórios. Eles bombardeiam os médicos.

Istoé -
A ponto de influenciar o comportamento deles?
Miguel Chalub -
Se for um médico com boa formação em psiquiatria, mesmo que não seja psiquiatra, ele saberá rejeitar isso, mas outros não conseguem. Eles se baseiam nos folhetos do laboratório. Não é por má-fé. Os laboratórios proporcionam muitas coisas. Pagam passagens, almoços, dão brindes. O médico, sem perceber, começa a fazer o jogo. Porque me pagaram uma passagem aérea ou me deram um laptop, acabo receitando o que eles estão querendo.
Istoé -
O médico se vende?
Miguel Chalub -
Sim. Por isso é que há uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibindo os laboratórios de dar brindes aos médicos. Nenhum laboratório suborna médico, não que eu saiba, nem vai chegar aqui e dizer: “Se você receitar meu remédio, vou lhe dar uma mensalidade.” Mas eles fazem esse tipo de coisa, que é subliminar. O médico acaba tão envolvido quanto se estivesse recebendo um suborno realmente.

Istoé -
Esse lobby é capaz de fazer um médico receitar certo remédio?
Miguel Chalub -
Aí é a demanda e a lei do menor esforço. Se o paciente chegar se queixando de insônia, por exemplo, o que o médico deveria fazer era ensiná-lo como dormir. Ou seja, aconselhar a tomar um banho morno, um copo de leite morno, por exemplo. Mas é mais fácil, tanto para o paciente quanto para o médico, receitar um remédio para dormir.
Istoé -
Os demais especialistas também receitam remédios psiquiátricos, não?
Miguel Chalub -
Quem mais receita antidepressivos não são os psiquiatras, são os demais especialistas. Os psiquiatras têm uma formação para perceber que primeiro é preciso ajudar a pessoa a entender o que está se passando com ela e depois, se for uma depressão mesmo, medicar. Agora, os outros, não querem ouvir. O paciente diz: “Estou triste.” O médico responde: “Pois não”, e receita o remédio. Brinco dizendo o seguinte: se você for a um clínico, relate só o problema clínico. Dor aqui, dor ali. Não fale que está chateado, senão vai sair com um antidepressivo. É algo que precisamos denunciar.

Istoé -
Os psiquiatras deveriam ser os únicos autorizados a receitar esse tipo de medicamento?
Miguel Chalub -
Não acho que seja motivo para isso. Os outros especialistas têm capacidade de receitar, desde que não entrem nessa falácia, nesse engodo.
Istoé -
Mas os demais especialistas estão capacitados para receitar essas drogas?
Miguel Chalub -
Em geral, não.

Istoé -
É comum o paciente chegar ao consultório com um “diagnóstico” pronto?
Miguel Chalub -
É muito comum. Uma vez chegou um paciente aqui que se apresentou assim: “João da Silva, bipolar.” Isso é uma apresentação que se faça? Quase respondi: “Miguel Chalub, unipolar.” É uma distorção muito séria.
Istoé -
O acesso à informação, nesse sentido, tem um lado ruim?
Miguel Chalub -
A internet é uma faca de dois gumes. É bom que a pessoa se informe. A época em que o médico era o senhor absoluto acabou. Mas a informação via Google ainda é precária. Muitas vezes, a depressão, por exemplo, é ansiedade. Mas as pessoas não querem conviver com a ansiedade, que é uma coisa desagradável, mas que também faz parte da nossa humanidade. Tenho uma paciente que disse: “Ando com um ansiolítico na bolsa. Saí de casa, me aborreci, coloco ele para dentro.” Então é isso? Se alguém me fala algo desagradável, eu tomo um ansiolítico? Isso é uma verdadeira amortização das coisas.

Istoé -
O que causa a depressão?
Miguel Chalub -
Esse é um dos grandes mistérios da medicina. A gente não sabe por que as pessoas ficam deprimidas. O mecanismo é conhecido, está ligado a uma substância chamada serotonina, mas o que o desencadeia, não sabemos. Há teorias, ligadas à infância, a perdas muito precoces, verdadeiras ou até imaginárias – como a criança que fica aterrorizada achando que vai perder os pais. As raízes da depressão estão na infância. Os acontecimentos atuais não levam à depressão verdadeira, só muito raramente. Justamente o contrário do que se imagina. Mas mexer na infância é muito doloroso. Não tem remédio para isso. Precisa de terapia, de análise, mas as pessoas não querem fazer, não querem mexer nas feridas. Então é melhor colocar um esparadrapo, para não ficar doendo, e pronto. É a solução mais fácil.
Istoé -
O antidepressivo é sempre necessário contra a depressão?
Miguel Chalub -
Quando é depressão mesmo, tem que ter remédio.

Istoé -
Há quem diga que hoje a moda é ter um psiquiatra, não um analista. O que sr. acha disso?
Miguel Chalub -
As pessoas estão desamparadas. Desamparo é uma condição humana, mas temos que enfrentá-lo, assim como o fracasso, a solidão, o isolamento. Não buscar psiquiatras e remédios. Em algum momento, isso pode ficar tão sério, tão agudo, que a pessoa pode precisar de uma ajuda, mas para que a ensinem a enfrentar a situação. Ensina-me a viver, como no filme. Não é me dar pílulas, para eu ficar amortecido.
Istoé -
O que é felicidade para o sr.?
Miguel Chalub -
A OMS tem uma definição de saúde muito curiosa: a saúde é um completo estado de bem-estar físico, mental e social. Essa é a definição de felicidade, não de saúde. Felicidade, para mim, é estar bem consigo mesmo e com o outro. Estar bem consigo mesmo é também aceitar limitações, sofrimento, incompetências, fracassos. Ou seja, felicidade também é ficar triste de vez em quando.

Miguel Chalub - possui especialização em Psiquiatria pela Escola Nacional de Saúde Pública (1964) , especialização em Neurologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1965) , especialização em Neurologia, Eletrofisiologia e Comportamento pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1966) , mestrado em Psiquiatria e Saúde Mental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1974) e doutorado em Psiquiatria e Saúde Mental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979) . Atualmente é Professor Adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Médico da Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico do Estado do Rio de Janeiro. Atuando principalmente nos seguintes temas: Psiquiatria, Psiquiatria legal, Psiquiatria criminal.
(Texto gerado automaticamente pela aplicação CVLattes) fonte-http://www.vilamulher.terra.com.br

Casamento,filhos,sexo






Por Lidiane Domingues

Adolescência e maternidade, uma mistura com futuro

Um filho modifica toda estrutura psicológica da mulher; sua vida social e financeira. Antes de este sonhado filho vir ao mundo tudo parece lindo, quando ele nasce sentimos o peso da responsabilidade que é imenso. Tive meu primeiro filho as 20 anos e vejo hoje que eu só estava preparada para este acontecimento aos 27 anos. Dos 15 aos 25 anos não temos estrutura psicológica ou financeira para ter um filho e cria-lo com conforto. Afinal de contas esta é a fase que devemos estudar nos formar e trabalhar, para no futuro proporcionar uma boa educação, conforto e lazer a um filho.
"Não da para ter um filho e achar que nossa mãe tem que ficar com ele para irmos a balada".Se optar por ser mãe nesta idade que está agora ,se prepare para ser cobrada pela sua família.
Seus estudos seram abandonados, pois não terá mais tempo nem cabeça para continuar. O mercado de trabalho não estará disposto a abrir as portas para alguém tão jovem já com filhos e na maioria das vezes sem os estudos concluídos.
E quando seu filho estiver em idade escolar você verá que poderia oferecer a ele algo melhor se tivesse esperado o tempo certo para ser mãe. O filho cobra de vc uma vida com mais conforto, e nestas horas é duro. É preciso pensar e ponderar todos os prós e contras, pois não tem volta mais. A responsabilidade pela criação, educação, felicidade e o futuro desta criança será apenas seu. Palavras de uma mãe precoce.
fonte-http://www.vilamulher.terra.com.br

domingo, 12 de setembro de 2010

VAMOS FALAR DE SEXUALIDADE

Vale ressaltar que tem é muito homem incompetente que pensa apenas em si mesmo e não consegue fazer a parceira chegar ao orgasmo."

Depois de ler todos eles... comecei a me lembrar de uma conversa que tive com uma amiga há uns 15 dias, quando ela me perguntava sobre orgasmo clitoriano. Ela, 25 anos, namora há 6 anos e não sabia o que era o tal orgasmo clitoriano. Senti medo. Não queria, mas tive que perguntar como era o sexo, o que afinal de contas eles faziam. Descobri que nem todo mundo faz sexo oral, nem todo mundo se masturba ou masturba o outro, descobri que nem todo mundo sabe o que é ter um orgasmo, seja clitoriano ou não. Comecei a me recordar que há alguns meses, um amigo comentou que um mocinho de 28 anos disse que "descobriu" um "ossinho" nas mulheres que quando ele tocava nesse tal "ossinho" elas ficavam loucas... OSSINHO?!?!?!? Este amigo que ouviu isso, não sabia se ria ou chorava, afinal de contas não se tratava de um adolescente que acabou de começar a namorar, né?!
Enfim... aprendi onde era o clitóris nas aulas de Educação Sexual que tive aos 11 anos e, também, me recordo de aprender nas aulas de Ciências no Ensino Fundamental sobre o aparelho reprodutor masculino e feminino coisas básicas como, grandes lábios, pequenos lábios, clitóris, vagina, vulva, (até o ponto G me lembro de ter aprendido na escola!), glande escroto, testículo, canal deferente, próstata, pênis... Mas, compreendo que nem todo mundo teve aulas de Ciências como eu tive e nem aulas de Educação Sexual como eu tive. Não sou expert em sexo, mas tem coisas que são básicas. B-Á-S-I-C-A-S leia-se CONHECER O PRÓPRIO CORPO E EXPERIMENTÁ-LO!